segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mochilão: Pantanal

Depois de algum tempo, estou eu aqui de novo contando sobre o mochilão. Hoje vou falar do Pantanal, no Mato Grosso do Sul.

Pense na viagem ideal. Pense nos seus pés criando raízes e não querendo voltar do lugar que ele acaba de pisar. Pois é, foi assim comigo no Pantanal.

Ecoturismo é comigo mesmo e quanto mais selvagem melhor. Gosto de sentir na pele o cotidiano das comunidades e, de certa forma, entrar na rotina das pessoas que ali vivem.

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No pantanal foi mais ou menos assim. Tudo começou ainda na rodoviária de Campo Grande. Cheguei e entrei numa agência de viagens (esqueci o nome, mas fica na rodoviária de Campo Grande e, até aquele momento, era a única) que, em sua fachada, destacavam Bonito e Pantanal. Eu nunca tinha pensado em conhecer o Pantanal, na minha cabeça o Pantanal só era acessível via Globo Repórter e programas como Planeta Terra da TV Cultura. O atendente da agência me recebeu super bem e eu expliquei que queria ir pra Bonito. Ele, nada bobo, me falou de Bonito mas me perguntou "não tem vontade de conhecer o Pantanal?", naquele momento minha cabeça começou a trazer a tona imagens dos programas que já havia assistido e numa sessão nostálgica que deve ter durado uns 3 segundos eu consegui visualizar o Pantanal e respondi "Tenho! Como faço?". Bom, foram 30 minutos vendo fotos e perguntando sobre o local e fechei o pacote Pantanal 3 noites e 4 dias + Bonito 2 noites e 3 dias. Para curtir o Pantanal, tomar umas cervejas e comprar cigarro eu gastei R$500,00 (o café da manhã, almoço e janta estão inclusos).

Antes de ir pro Pantanal me deram como cortesia uma diária no hostel Ecological Expedition, la no centro de Campo Grande, em frente a antiga rodoviária. Foi bom pois há tempos eu não tinha um quarto e um banheiro só meu. Relaxei, no outro dia tomei café da manhã, nadei na piscina e preparei as coisas para ir pro Pantanal.




Uma van passou no hotel e reuniu o grupo para irmos. Quando entrei na van com minha mochila, tive uma surpresa: mais uma vez, somente gringos. Australianos, belgas, franceses, indianos, suecos, israelenses, americanos e eu de brasileiro. Lá vai o Diogo mais uma vez sendo o estrangeiro em seu próprio país.

Foram umas 2 horas de van até a cidade de Miranda e de lá subimos num pau-de-arara e fomos, por mais umas 4 horas em estrada de chão, vendo macacos, jacarés, aves e vendo a noite chegar e os mosquitos começarem a aparecer.





Quando anoiteceu, chegamos na beira do rio Paraguai e entramos num barco, quase uma rabeta, e atravessamos de uma margem a outra até chegarmos na outra sede do hostel Ecological Expedition, só que desta vez, no meio do Pantanal.



Já na noite que chegamos fomos recepcionados e divididos em dois grupos. Cada grupo ficou em um quarto e eu já ia me preparando pra tentar falar inglês com o pessoal, afinal ou eu falava com eles ou eu ficaria isolado. Fomos jantar e ali tentei socializar com o pouco de inglês que falo (quando dico pouco, é pouco MESMO) mas a primeira noite não foi tão bem sucedida então decidi comer, tomar umas cervejas e ir dormir, afinal no dia seguinte acordaríamos cedo para as atividades.

No dia seguinte acordamos e fomos pras atividades. Algo mágico, fantástico e inédito. Vi animais que nunca imaginei que iria ver, e o mais incrível, tocar e chegar bem perto. Os passeios são feitos de barco, pelos rios e de pau-de-arara pelas estradas de chão. Fora a saída noturna de barco para focar os olhos dos jacarés que refletem a luz quando uma lanterna é acesa em sua direção, a caminhada no meio da mata, a caminhada em busca da temida sucuri e a pescaria de piranhas.

As fotos das nossas aventuras estão abaixo:

Macaco bugiu avistado durante caminho até o hostel.


Navegando rumo a nossa caminhada para encontrar a sucuri.

Após o barco, caminhamos pelas trilhas alagadas do Pantanal.

A temida sucuri.




Pescaria de piranhas.




Jacarés em um lago.



Fui me soltando com o pessoal, mas sempre tímido para falar em inglês, até que na segunda noite, conheci o Antoine e a Aurore, um francês e uma belga que estavam com uns amigos. Ele falava um pouco de espanhol e ela um pouco de português. Ele me convidou para beber com eles e eu ensinei um pouco do que eu sabia da arte de tomar cachaça, como um verdadeiro brasileiro, nada de caipirinha, aqui a coisa é diferente, é pinga com limão e tem que matar numa talagada só. E foi assim, bebendo, rindo, falando um portunhol com portunglês que a noite passou e os dias seguintes fluíram.

Pantanal: APROVADO E RECOMENDADO!!

Abraços!





3 comentários:

  1. Diogão, essa viagem deve ter sido muito boa mesmo, parabéns! Eu espero um dia ir também, abraços

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    1. Essa foi uma das melhores viagens que fiz. Eu torço pra que você vá um dia lá viu cara. Vale cada centavo investido.

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